Em 2019, Peter Frampton anunciou que foi diagnosticado com miosite de corpos de inclusão, doença muscular degenerativa. Apesar de ter os movimentos limitados pela condição, o músico britânico declarou que continuará tocando guitarra “pelo resto da vida”.
“Vou continuar enquanto meus dedos… Bem — você sabe”, contou à Guitar Player. “Está ficando mais difícil, tenho de admitir. A pior coisa é que, quando estou solando, tenho que realmente pensar sobre o que estou tocando. Não quero pensar — quero que saia do meu coração. É assim que sempre toquei.”
Como exemplo de superação, Frampton citou Django Reinhardt. O lendário instrumentista de jazz sofreu graves queimaduras nos dedos da mão esquerda, mas reformulou sua técnica e conseguiu realizar apresentações memoráveis.
“É isso que estou fazendo”, observou Frampton, “porque gosto muito de música. Parece estranho: estou perdendo o poder de tocar. Sim, mas estou trabalhando — e gostando de trabalhar — uma maneira diferente de tocar para poder continuar.”
O músico afirmou que prefere não se queixar das dificuldades. “Sabe, você tem de aceitar as coisas que não pode mudar. Aprendi isso nos Alcoólicos Anônimos e em muitos outros lugares. Continuarei fazendo música pelo resto da minha vida”, finalizou Frampton.