Até a reta final da década de 1990, a rotina de estudos do guitarrista Adrian Smith, do Iron Maiden, não era das mais ortodoxas. Segundo Smith, suas habilidades eram aprimoradas “simplesmente compondo músicas e tocando-as”. O jogo virou, no entanto, quando o músico trabalhou com o produtor Roy Z, durante as gravações de “Accident of Birth”, álbum solo de Bruce Dickinson, de 1997.
De acordo com Adrian, em conversa com o podcast “Scars and Guitars”, o assunto sobre práticas surgiu quando Roy o perguntou como ele “se livrava de velhos hábitos para manter as coisas novas”.
“Quando eu era criança, não havia vídeos no YouTube nem nada. Você tinha que tocar de ouvido. Eu nunca soube que precisava ensaiar; nunca tive uma rotina de ensaios”, disse.
Eu apenas compunha músicas, tocava, cantava e fazia shows. Nunca fiquei sentado por horas ensaiando, mas o Roy me mostrou as coisas, e eu pensei: ‘Ei, ele é tecnicamente muito melhor do que eu, e estamos tocando na mesma banda. Tenho que subir no palco com ele. É melhor eu me recompor'”, disse.
A partir de então, Smith afirma que começou a “praticar, tipo, duas ou três horas por dia. Roy me mostrou palhetada alternada e tudo mais; toda aquela coisa do Drop D, eu não sabia como fazer. Quando cheguei ao show do Bruce e ouvi as músicas que eram só Drop D, eu afinei a guitarra e era como se as cordas estivessem espalhadas… Então, um salve para ele.”
Adrian Smith ainda estuda guitarra?
Voltando ao assunto de manter as coisas atualizadas, Smith disse que “cada vez que alguém grava um álbum, melhora, pois é necessário entrar no estúdio, sentar na frente do produtor e da banda, e criar algo de qualidade”. Assim, é preciso ter certeza de que tudo está em ordem para que isso impulsione a performance.
Adrian Smith também comentou que, “de vez em quando, tenta aprender algo, pois há muita coisa boa no YouTube”. Segundo Adrian, é maravilhoso para os jovens músicos terem essa oportunidade nos dias de hoje.
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